quinta-feira, 9 de julho de 2009

Reversão na queda de vendas de vinhos? pode ser!

Balanço realizado pelo Ibravin, de janeiro a maio de 2009, mostra um crescimento de 39% na comercialização de suco de uva, 21,5% nos espumantes e 1,7% nos vinhos

A comercialização de vinhos aumentou 1,7% nos primeiros cinco meses deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), foram vendidos 74,42 milhões de litros de vinhos de janeiro a maio de 2009, ante 73,17 milhões de litros nos cinco meses iniciais de 2008. Os números apurados pelo Ibravin abrangem o mercado interno. Se forem incluídas as exportações, o crescimento nas vendas passa para 12%, com a comercialização de 82,7 milhões de litros nos primeiros meses deste ano, frente a 73,9 milhões de litros colocados no mesmo período do ano passado. Os dados têm por base o Cadastro Vinícola, mantido em parceria com a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), através da Embrapa Uva e Vinho. As informações não abrangem o restante do País em razão de outros estados brasileiros não implantarem o Cadastro Vinícola.

“É o melhor resultado dos últimos dois anos”, comemora o presidente do Ibravin, Denis Debiasi. Conforme ele, o resultado mais importante obtido é a reversão da tendência de queda na comercialização de vinhos sentida em 2007 e 2008. “Iniciamos bem o ano, perseguindo nosso objetivo de estancar o ritmo de queda na comercialização do vinho brasileiro, produto de maior volume e importância econômica na cadeia produtiva”, comenta. No ano passado, houve um recuo de 13% nas vendas, acumulando a terceira queda seguida no mercado.

Importações
O diretor-executivo do Ibravin, Carlos Paviani, observa que o bom resultado do mercado externo deve-se aos leilões de PEP (Prêmio de Escoamento da Produção), que escoou aproximadamente 8 milhões de litros de vinhos (25% comuns e 75% finos). “Não significa ganho de mercado e sim um acontecimento ocasional”, adverte.

De acordo com Paviani, a elevação do dólar em relação ao ano passado, que poderia afetar os produtos importados, ainda não foi sentida no mercado. Basicamente por duas razões: “o alto volume de estoques dos importados aqui no Brasil e, sobretudo, a margem folgada de preços praticada”.

De janeiro a maio deste ano, o Brasil recebeu 16 milhões de litros de vinhos de outros países, contra 16,07 milhões de litros que ingressaram no mesmo período em 2008. A queda foi mínima, de 0,43%. Apesar de pequena, esta diminuição interrompe uma curva ascendente de 2004 a 2008 na presença de vinhos importados no Brasil.

Suco
O levantamento do Ibravin ainda mostra um incremento de 39,25% na comercialização de suco de uva integral/natural nos mercados interno e externo. Os primeiros cinco meses do ano registraram a venda de 8,91 milhões de litros de suco de uva natural/integral, diante de 6,4 milhões colocados no mesmo espaço de tempo em 2008. “Os números refletem o maior conhecimento do consumidor sobre os benefícios para a saúde do suco integral de uva, que não recebe adição de água nem de açúcar”, explica o gerente de Promoção e Marketing do Ibravin, Diego Bertolini.

Os dados apurados reforçam esta realidade: a venda de suco adoçado caiu 3%. Bertolini espera um aumento de pelo menos 20% no consumo total de suco de uva no Brasil este ano. Em 2008, o crescimento alcançou 15,6%.

Espumantes
A venda de vinhos espumantes produzidos no Rio Grande do Sul seguiu a tendência de aumento no consumo, somando 2,12 milhões de litros de janeiro a maio, um incremento de 21,5% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram comercializados 1,74 milhão de litros.

Os moscatéis inflaram em 48% sua presença nas taças brasileiras. O crescimento segue a tendência de alta no consumo de espumantes moscatéis comprovada pelo salto de 20% nas vendas de 2008. “O consumo de moscatéis puxa todo o mercado para cima, pois eles costumam ser a porta de entrada para espumantes secos e vinhos brancos e tintos”, lembra Bertolini. Os espumantes do tipo brut e demi-sec cresceram 16%.

Fonte: Ibravin

ADD: houve aumento mas não é nada que se deva comemorar porquê é muito pouco...

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