quarta-feira, 22 de julho de 2009

O vinho vira bebida da moda dos jovens de países desenvolvidos

O vinho superou a popularidade da cerveja entre os jovens de muitos países desenvolvidos, como Estados Unidos, Japão e Grã-Bretanha, segundo um estudo para o salão Vinexpo de Bordeaux (sudoeste da França), que se celebrará entre 17 e 21 de junho.

"Para os jovens destes países, beber vinho tem um lado chique, consumi-lo é uma forma de se distinguir para chamar atenção", disse Robert Beynat, comissário geral deste que é o maior salão profissional de vinho e licores do mundo.

No Japão "está na moda oferecer à namorada uma garrafa de vinho (da safra) de seu ano de nascimento", acrescentou.

Atualmente, os jovens americanos consideram beber vinho uma forma de mostrar à sociedade que ganham muito dinheiro e já são adultos, explicaram os autores da pesquisa, cujos resultados foram divulgados nesta terça-feira.

E, nos países onde se impõe o estilo de vida ecológico, "o vinho, procedente de uma fruta, é considerado um álcool mais natural que os outros", afirmaram.

Na Grã-Bretanha, a criação de novos bares, modernos e ao ar livre, em contraposição aos tradicionais pubs, favoreceu a emergência do vinho entre os jovens de 20 a 25 anos. Muitos não descobriram as delícias da bebida em casa, mas durante viagens a outros países europeus.

No entanto, são muitos os obstáculos que detêm o aumento do consumo de vinho, ainda muito lento.

Em primeiro lugar está o preço, considerado alto demais, mas também a oferta abundante e a cultura elitista que cerca sua degustação.

"O problema com o vinho é que uma garrafa decente sai caro. Nos bares, a taça custa, freqüentemente, o equivalente a 6 a 9 euros", lamentou um jovem britânico, citado pelo estudo.

Beynat afirmou que os produtores de vinho enfrentam um "enorme desafio". "É preciso explicar que existem vinhos de todos os preços, com uma boa relação qualidade-preço. É preciso manter a magia do vinho e, ao mesmo tempo, acabar com o mito de sua carestia", disse.

Na França, segundo este estudo, apenas 11,1% dos menores de 25 anos consomem vinho mais de duas ou três vezes por semana.

Um estudo do Instituto TNS Sofres revelou que os consumidores franceses de 20 a 35 anos dão muita importância "à autenticidade" da bebida, razão pela qual evitam garrafas com tampa e os vinhos apresentados em caixas de papelão.
Fonte: UOL.com

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