segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Cooperativa Vinícola Garibaldi completou 80 anos neste sábado

Representando os 340 associados da Vinícola Garibaldi, os viticultores José Salvagni e Isidoro Marodin foram homenageados neste sábado (22), no Parque da Fenachamp, pela passagem dos 80 anos da cooperativa. Nascido em 1919, Salvagni é o produtor mais experiente da Garibaldi, com 92 anos. Marodin é o associado mais antigo, integra a cooperativa desde 1945. Os dois receberão um exemplar do livro “La Nostra Cooperativa”, que recupera a história de oito décadas da Garibaldi. “Os associados são a razão de ser da nossa cooperativa”, afirma o presidente Oscar Ló. A pedido deles, a Garibaldi estreia nesta safra um medidor automático de Grau Babo (que mede a quantidade de açúcar na uva). Com isso, a uva entregue pelos associados à cooperativa é avaliada de forma mais uniforme e rápida. “A carga é avaliada pelo seu conjunto. Antes, na medição manual, a análise poderia ser comprometida por um ou outro cacho verde, por exemplo”, explica.

A cerimônia de comemoração dos 80 anos da Cooperativa Vinícola Garibaldi foi feita para os associados. Além da missa inaugural, às 10h, a solenidade festiva irá relembrar os principais fatos da história da Garibaldi, que foi criada em 1931 logo depois da grande Crise de 29, quando excesso de produção de vinho acumulada nas pequenas propriedades do interior e as crescentes dificuldades de comercialização levaram um grupo de 73 produtores a unirem-se e fundarem a cooperativa. Três destes 73 fundadores da cooperativa tornaram-se presidentes. Além do pioneiro Leonel Nicolini, Baptista Locatelli e Fortunato Chesini dirigiram a empresa nos primeiros 20 anos de sua história.

No primeiro ano, a produção ficou em 300 mil litros de vinho. Três anos depois, já eram 260 associados. E em menos de dez anos, a produção passou para 3,5 milhões de litros, alcançando 10 milhões de litros em 1949, com mais de mil associados. Fundada por imigrantes italianos e descendentes de primeira geração, a Garibaldi chegou a ser a maior cooperativa vinícola de todo o continente americano.

Oscar Ló lembra que um dos fatos mais marcantes da sua história foi a grande exportação de 1958, quando foi fechado um contrato de venda de 30 milhões de litros de vinho para a França. “Foi um marco para o setor vitivinícola brasileiro”, destaca. O negócio foi considerado a salvação da vitivinicultura gaúcha ao reduzir significativamente os estoques da época e ainda despertou o interesse dos consumidores brasileiros para o vinho nacional. A partir daí, a imagem dos vinhos elaborados no Rio Grande do Sul se espalhou pelo país, chegando até a mesa dos brasileiros.

Este ano, os 340 associados de 10 municípios gaúchos devem entregar cerca de 13 milhões de quilos de uva na cooperativa, um acréscimo de 5% ao volume da safra passada (de 12,3 milhões de quilos de uva). Para o ano em que comemora oito décadas de existência, a Garibaldi projeta R$ 1,5 milhão em investimentos no seu parque industrial, que hoje ostenta a 7ª posição no ranking dos maiores produtores de vinhos finos do Brasil.

O recurso será aplicado em uma nova linha de engarrafamento para vinhos e sucos, além da compra de novos tanques (autoclaves), próprios para fermentação de espumantes pelo método charmat. Há apenas cinco anos elaborando espumantes, a Garibaldi é hoje a quarta maior produtora de borbulhas do País, com inúmeras premiações nacionais e internacionais aos seus produtos.

As festividades de 80 anos da cooperativa ainda incluem a inauguração de uma nova planta para produção de suco de uva, com investimento de R$ 6,5 milhões feitos desde o ano passado. Além do Rio Grande do Sul, a empresa está investindo nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Nordeste. A produção de suco de uva e vinhos orgânicos ganha espaço. Em 2001, foram vendidas 2.800 garrafas; em 2009 foram 200 mil; em 2010, 350 mil e para este ano, Ló projeta a comercialização de 600 mil garrafas de suco e vinho orgânico.

A cooperativa, que uma área de 32 mil metros quadrados e 800 hectares de vinhedos, mantém em Garibaldi o varejo, onde são comercializados os seus produtos, além de artesanato e acessórios para vinhos e espumantes. O terminal funciona diariamente das 9 horas às 17 horas, incluindo sábados, domingos e feriados. Funciona na avenida Independência, 845. Telefone (54) 3464 8104. Mais informações no site www.vinicolagaribaldi.com.br.

Direto ao ponto

- 4ª produtora de espumantes do Brasil

- 7º produtora de vinhos finos e de mesa do Brasil

- 10ª empresa recebedora de uvas do Brasil

- Possui 340 associados de 10 municípios gaúchos e 800 hectares de videiras cultivadas

- Tem uma área de 32 mil metros quadrados.

Fonte: Texto Sul Assessoria.

Jota Pe Moscato da Perini é o melhor branco do Guia de Vinhos Brasileiros da revista Gula

O Jota Pe Moscato, da vinícola Perini, foi escolhido como o melhor vinho branco do 1º Guia de Vinhos Brasileiros, lançado pela revista Gula, este mês. A publicação degustou e comentou 132 rótulos nacionais. O Jota Pe Moscato recebeu 86 pontos, a maior nota entre os 30 vinhos brancos avaliados. “O curioso é que este vinho é vendido em uma faixa de preço ao redor de R$ 12”, afirma o gerente comercial, Franco Perini. Entre os seus concorrentes, estavam rótulos com uma média de preço de R$ 30. Havia um rótulo acima de R$ 80. “Este resultado nos dá orgulho, porque é um reconhecimento à filosofia da Perini de oferecer produtos de qualidade a preços acessíveis a maioria dos consumidores”, destaca. A Perini ainda teve um espumante (Perini Brut Champenoise), um rosé (Casa Perini Merlot/Cabernet Franc, safra 2009) e mais um branco (Casa Perini Chardonnay, safra 2010) entre os indicados pelo Guia da revista Gula.

Em setembro do ano passado, o Jota Pe Moscato foi a amostra mais pontuada da 18ª Avaliação Nacional de Vinhos, com a média de 87,5 pontos (de 100 possíveis) dos 83 enólogos reunidos pela Associação Brasileira de Enologia (ABE), com coordenação técnica da Embrapa Uva e Vinho, que analisaram 260 amostras inscritas por 55 vinícolas de todo o Brasil da safra 2010. Foi a maior nota dada a um vinho entre os degustadores técnicos, que levou o Moscato da vinícola Perini ao 1º lugar entre todas as amostras da 18ª Avaliação Nacional de Vinho. “Estas conquistam nos animam a seguir o ritmo de investimentos em qualidade que estamos realizando nos últimos anos na Perini”, afirma o diretor-presidente da empresa, Benildo Perini.

Fonte: TExto Sul Assessoria

Cooperativa Vinícola Garibaldi compra marca Granja União

Com a aquisição, Garibaldi projeta dobrar a sua comercialização de vinhos finos no Brasil.

Às vésperas de completar 80 anos, a Cooperativa Vinícola Garibaldi confirma a compra dos direitos de produção e comercialização da histórica e conhecida marca Granja União, que estava sob domínio da Vinícola Cordelier, situada no Vale dos Vinhedos (RS). O anúncio foi feito pelo presidente Oscar Ló na Convenção de Vendas, que abriu nesta quinta-feira (20) e segue nesta sexta (21), reunindo cerca de 50 representantes da Garibaldi de todo o Brasil para um encontro de balanço e planejamento do ano. Hoje, a Garibaldi é referência de qualidade na elaboração de espumantes e suco de uva. “Vamos incrementar nosso portfólio de vinhos finos tendo a Granja União um dos carros-chefes”, afirma Oscar Ló, sem revelar os números envolvidos na negociação. “Estamos investindo na tradição de uma marca afirmada e reconhecida, que ainda se mantém viva na memória das pessoas através de histórias contadas e passadas de pai para filho”, recorda. A marca é lembrada pelo seu tradicional slogan: “Não arrisque. Na dúvida, escolha um Granja União”.

Oscar Ló projeta dobrar a venda de vinhos finos da Garibaldi já em 2011, graças à Granja União. No ano passado, a cooperativa comercializou 280 mil garrafas de vinhos finos, um acréscimo de 45% sobre 2009. “Este ano, só de Granja União queremos vender 300 mil garrafas”, calcula. O presidente anuncia que manterá os rótulos e a características dos vinhos Granja União, elaborados a partir das uvas riesling, malvasia, merlot, cabernet franc, cabernet sauvignon e tannat. “Só iremos acrescentar um moscatel e mudaremos o espumante brut”, revela. “Não tem por que modificar um produto plenamente aprovado pelo consumidor”, explica.

A aquisição desta marca é simbólica no ano em que a Garibaldi completa oito décadas de existência, no próximo sábado, 22 de janeiro. O rótulo Granja União surgiu no ano de seu nascimento, em 1931, elaborado pela Companhia Vinícola Riograndense, que anos depois tornou-se a principal concorrente da Garibaldi. A marca mudou consideravelmente o mercado e a concepção de vinhos no Brasil. “O rótulo Granja União foi o primeiro vinho varietal elaborado no país”, lembra Oscar Ló.

Saiba mais

Para se ter uma ideia de sua importância, a Companhia Vinícola Riograndense chegou a ter 25% da produção de vinhos do Rio Grande do Sul. Dois anos depois de sua criação, passou a importar parreiras da Europa, para desenvolver experimentos na Granja União, localizada em Flores da Cunha. O local funcionava como uma estação de aperfeiçoamento das videiras, com o objetivo de contribuir para eliminar vinhos de má qualidade e para disseminar a elaboração de vinhos com tecnologia adequada e sob controle.

A marca Granja União foi a responsável pela definição das variedades viníferas mais conhecidas na Serra Gaúcha há até pouco tempo. Durante muitos anos, quando se falava em Riesling ou Cabernet, automaticamente associava-se o nome Granja União. O sucesso era tamanho, que as vendas tiveram que ser limitadas já que a produção era insuficiente para atender à demanda.

Ranking

- 4ª produtora de espumantes do Brasil

- 7º produtora de vinhos finos e de mesa do Brasil

- 10ª empresa recebedora de uvas do Brasil

- Possui 340 associados de 10 municípios gaúchos

- Tem uma área de 32 mil metros quadrados.

Fonte: TExto Sul Assessoria

Receita Federal inutiliza 6 mil garrafas de vinhos e espumantes contrabandeados

Destruição será realizada em parceria com o Ibravin em Bento Gonçalves, na Cooperativa Vinícola Aurora, a partir das 7h30

A Receita Federal inutiliza, nesta terça-feira (24), cerca de 6 mil garrafas de vinhos e espumantes recolhidas em operações de combate ao descaminho na fronteira do Rio Grande do Sul. O volume apreendido de vinho e espumante contrabandeado será destruído graças a uma parceria firmada com o Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho), que indicou a Cooperativa Vinícola Aurora para realizar o trabalho. A inutilização do produto ilegal recolhido pela Receita Federal começa às 7h30 desta terça-feira (25), em Bento Gonçalves, na Aurora. O procedimento visa aliviar os depósitos da Receita Federal no Estado, abrindo espaço para novas ações de combate ao vinho clandestino que entra no RS.

Segundo o presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Júlio Fante, o incremento da fiscalização sobre o descaminho beneficia consumidores e também os bons produtores e revendedores de vinhos, que agem de forma legal, pagando impostos e gerando emprego e renda. “A fiscalização busca coibir a concorrência desleal com os produtores e comerciantes que trabalham legalmente e, principalmente, preservar a saúde das pessoas, já que a falta de controle na produção de vinhos e derivados pode acarretar problemas aos consumidores”, destaca.

Fonte: Ibravin

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Ibravin projeta maior safra de uva da história

Começo da colheita na serra gaúcha, principal região vitícola do País, aponta para uma colheita superior a 640 milhões de quilos de uva no Rio Grande do Sul, um incremento superior a 20% em relação à safra passada

A safra 2011 de uva no Rio Grande do Sul deve ser a maior da história. A quantidade colhida deve aumentar de 20% a 25%, um acréscimo de mais de 100 milhões de quilos em relação à safra passada, segundo estimativa do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) feita esta semana, após o início da vindimas nas vinícolas da serra gaúcha. “Devemos colher mais de 640 milhões de quilos de uva mantidas as condições climáticas favoráveis, sem ocorrência de chuvas de granizo, por exemplo”, projeta o presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Júlio Fante.

Na safra anterior, de 2010, foram colhidos 526,89 milhões de quilos de uva nos parreirais gaúchos, responsáveis por cerca de 90% da produção brasileira de uva e derivados. A maior safra já colhida no RS foi em 2008, com 634 milhões de quilos de uva. “Estamos tendo um bom equilíbrio entre chuva e sol, o que tem favorecido a maturação das uvas”, afirma. “"A qualidade da uvas recebidas pelas vinícolas esta semana está muito boa, o que nos anima a projetar uma excelente safra”, comenta.

Em termos qualitativos, Fante projeta uma safra igual ou superior a de 2005, considerada a melhor da década. “Além do clima que está sendo favorável, agora as empresas estão melhor capacitadas, investiram em novas tecnologias e possuem mais conhecimento para elaborarem produtos de qualidade superior”, argumenta. Em 2005, como agora, o Rio Grande do Sul foi afetado pelo fenômeno La Niña, que provoca menores ocorrências de chuvas na primavera e no verão no Rio Grande do Sul. “O resultado é um clima mais seco, com menos umidade, que favorece a produção de uvas com mais açúcar e, por consequência, a elaboração de produtos de melhor qualidade”.

Fonte: Ibravin

Cooperativa Vinícola Garibaldi abre vindima com uvas de quatro associados

Os vitivinicultores estão comemorando aquela que promete ser a melhor safra da história do Rio Grande do Sul. O tempo bom na serra gaúcha esta semana possibilitou o início da colheita de uva no Estado. Nesta quinta-feira (13), a Cooperativa Vinícola Garibaldi recebeu 35 toneladas de uva. Quatro associados – Osmar Storti, Paulo Ferronato, José Frizzon, Claimar Razador – entregaram uvas das variedades chardonnay, bordô e concord na sede da cooperativa, em Garibaldi.

O presidente Oscar Ló projeta o recebimento de 13 milhões de quilos na atual safra. O volume deve ser 5% superior ao do ano passado, quando 12,3 milhões de quilos foram colhidos pelos 340 associados da Garibaldi. “Além da quantidade maior, a qualidade será bem melhor do que a do ano anterior”, afirma.

Quem confirma esta expectativa positiva é o enólogo Gabriel Carissimi, que recebeu as uvas hoje. “As uvas tintas que serão destinadas para a produção de suco chegaram com uma maturação maior do que no ano passado, apresentando mais cor e mais aroma”, conta. Isso resultará em sucos de uvas 100% natural de maior sabor, segundo ele. “A quantidade de açúcar está 20% acima do que na safra passada”, comenta. As uvas chardonnay também chegaram na Garibaldi com maior concentração e acidez. “Teremos espumantes mais frescos e encorpados”, estima o enólogo.

Fonte: Texto Sul Assessoria

Vinícola Perini começa a receber uvas e projeta safra 20% maior

A Vinícola Perini recebeu as primeiras 30 toneladas de uva da safra 2011 nesta quarta-feira (12), na sua sede, em Farroupilha (RS). A uva branca chardonnay, destinada a elaboração de espumantes, apresentou qualidade excepcional, segundo os enólogos da Perini. “Acredito que esta será a melhor safra da história”, comemora o diretor-presidente Benildo Perini. Para ele, as condições climáticas, influenciadas pelo fenômeno La Niña, o que tem garantido tempo seco e temperaturas amenas à noite, farão a atual safra superar a de 2005, até então a melhor da década passada, e também a saudosa safra de 1991.

Com o tempo ajudando nos próximos dias, Benildo Perini estima a colheita de 12 milhões de quilos de uva – um acréscimo de 20% sobre a safra passada, quando a Perini recebeu 10 milhões de quilos de uva. “Estamos preparados para receber até 14 milhões de quilos de uva com os investimentos feitos nos últimos anos”, destaca. Dos vinhedos próprios da Perini devem sair 1,1 milhão de quilos de uvas, um recorde. “As uvas merlot, moscato, marselan e cabernet franc estão com um aspecto extraordinário, nunca antes visto”, comenta.

Benildo Perini observa que esta safra será diferenciada por vários outros motivos, além do clima. “O produtor está cada vez mais empenhado em entregar uma uva melhor”, avalia. Neste ano, o preço mínimo da uva, que há anos não era reajustado, teve uma valorização de 13%, passando de R$ 0,46 o quilo para R$ 0,52 o quilo. “Na Perini, os produtores ainda recebem prêmio por uvas de melhor qualidade. “Além de tudo isso, a tecnologia existente hoje é muito superior a de anos anteriores, assim como o nosso conhecimento, que evolui a cada ano que passa”, comenta, acrescentando que “agora muitas mudas plantadas no início da década passada estão em plena produção”.

Fonte: Texto Sul Assessoria

Vinícolas brasileiras aplicam nova tecnologia para o cultivo de uva sem uso de agrotóxicos e pesticidas

Uma tecnologia inovadora, que promete eliminar ou reduzir significativamente o uso de agrotóxicos e pesticidas, está sendo usada por 42 produtores (sendo 22 vinícolas) de uva no Brasil. A tecnologia TPC (Thermal Pest Control), ou seja, controle térmico de doenças e pragas, é um processo de imunização de culturas agrícolas à base do ar quente, que está sendo aplicada na atual safra em mais de 1.000 hectares por 50 máquinas – 19 no Rio Grande do Sul, seis em Santa Catarina e 25 em Petrolina, no Vale do São Francisco. “Estamos diante da varinha de condão do setor vitivinícola, que pode utilizar esta ferramenta revolucionária para estar na vanguarda da demanda mundial por produtos orgânicos”, diz o gerente de Promoção e Marketing do Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho), Diego Bertolini. Segundo o gerente-executivo da Lazo TPC no Brasil, Diego Arpini Valerio, na próxima safra, pelo menos o dobro de máquinas serão utilizadas pelos produtores de uva e vinho no Brasil. “Acreditamos que no mínimo teremos 100 máquinas Lazo TPC em operação no Brasil na próxima safra, mas este número pode ser bem maior”, informa.

Descoberta no Chile por Florêncio Lazo, a tecnologia foi testada pelo enólogo Mário Geisse na sua vinícola, a Geisse, em Pinto Bandeira, em 2008. No ano seguinte, 2009, Mário Geisse passou para a tecnologia para a Dunamis, Vinhos e Vinhedos, onde é consultor, e para Lidio Carraro, que fornece uvas para a sua vinícola. “Já no primeiro ano de uso, em 2008, obtivemos uma safra especialmente boa, com uvas (Chardonnay e Pinot Noir) sem qualquer resíduo de agrotóxico e de qualidade superior”, conta o precursor da tecnologia no Brasil.

Entretanto, conforme ele, o resultado da safra de 2009 foi mais surpreendente. “Além de eliminarmos o uso de pesticidas e agrotóxicos, a análise das uvas encontrou a presença do dobro de resveratrol, uma substância que combate o envelhecimento das células, em comparação com as outras uvas tratadas com agrotóxicos”, comenta o diretor comercial da vinícola, Daniel Geisse, também diretor da Lazo TPC Brasil, que forneceu a tecnologia aos 50 viticultores brasileiros nesta safra.

Lançamentos

Dois vinhos elaborados com uvas tratadas com esta nova tecnologia já estão disponíveis no mercado. O vinho branco Dunamis Ser, lançado no final de novembro, é o primeiro rótulo branco do Brasil a ir ao mercado com a aplicação da TPC. Entre os tintos, o primeiro vinho com esta tecnologia lançado é o Dádivas Pinot Noir da Lidio Carraro, safra 2010. Os espumantes da vinícola Geisse, da safra 2008, chegam em meados deste ano ao mercado.

“As análises feitas com nossas uvas não detectaram resíduos de agroquímicos, com exceção daqueles permitidos nas culturas orgânicas”, destaca o enólogo uruguaio Javier Gonzalez Michelena, da Dunamis. “A safra de 2010, que teve sérios problemas climáticos, foi a nossa melhor safra graças a esta nova tecnologia”, destaca a enóloga Monica Rossetti, coordenadora técnica da Lidio Carraro. O enólogo Juliano Carraro, que também é diretor comercial da vinícola, observa que percebeu uma série de vantagens qualitativas na utilização desta tecnologia, tais como sanidade e maior consistência das uvas. “Isso nos permitiu uma maior flexibilidade em aguardar o momento ideal para a colheita em sua maturação plena”, destaca.

Diego Arpini Valerio lembra que um estudo da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, concluiu que a máquina de ar quente reduz em 40% a emissão de dióxido de carbono em comparação com o uso de defensivos. Monica Rossetti observa que a tecnologia traz uma novidade no sistema de gestão vitícola para o tratamento fitossanitário das videiras. O objetivo é reduzir o impacto ambiental, substituindo a aplicação de fungicidas sistêmicos (intervenção química) pela aplicação de um jato de ar quente (intervenção física).


Na produção vitícola, o Brasil é o primeiro país a usar esta tecnologia. O sistema ainda pode ser aplicado para o cultivo de tomate, café, pêssego, kiwi, maça, melão, abacaxi, laranja, morango, entre outras. As máquinas TPC estão em operação no Chile, Nova Zelândia, Estados Unidos, África do Sul, Argentina, México e outros países europeus.


Operação
O funcionamento da tecnologia é simples e fácil de manusear. Uma máquina rebocada por um trator lança um ar quente (de 120ºC a 150ºC e 120Km/h) nas plantas, utilizando um sistema de combustão de gás liquefeito de petróleo (GLP). “O jato de ar quente elimina fungos, bactérias e insetos”, comenta o diretor-presidente da Dumanis, José Antônio Peterle. A nova tecnologia ainda possui benefícios extras, como para a saúde dos trabalhadores, a diminuição do uso de água e de pesticidas na natureza, contribuindo para a preservação do lençol freático, e uma queda nos custos de produção.


Descoberta
A tecnologia TPC surgiu de uma experiência doméstica. Em 1999, o agricultor chileno Florencio Lazo testava equipamentos capazes de inibir as geadas que prejudicavam a produtividade de suas lavouras no Chile. Entretanto, ao fazer as aplicações, por alguns segundos, de um jato de ar em alta temperatura, ele percebeu que as plantas não tinham qualquer dano, ao contrário, tornavam-se mais resistentes. Assim nasceu a TPC.

Mais informações em www.lazotpcdobrasil.com.

Veja as vinícolas e/ou produtores que estão usando a nova tecnologia em seus vinhedos na safra de 2011:

RS – região da Serra Gaúcha :

Bento Gonçalves – Vinícola Geisse / Vinícola Miolo / Vinícola Don Giovanni

Farroupilha – Vinícola Perini

Alto Feliz – Vinícola Don Guerino

Vacaria – Rasip (Miolo WG)

RS – região da Campanha :

Encruzilhada do Sul - Vinhedos da Quinta (antiga Angheben) / Cooperativa Aliança / Vinícola Lidio Carraro / Vinícola Chandon

Candiota – Vinícola Fortaleza do Seival (Miolo WG)

Dom Pedrito – Dunamis / Guatambu Vinhos Finos

Pinheiro Machado – Hermann & Hermann

RS – região da Fronteira:

Santana do Livramento – Vinícola Almadén (Miolo WG)

SC – região da Serra Catarinense (São Joaquim):

Vinícola Quinta da Neve / Vinícola Suzin / Vinícola Santo Emilio / Vinícola Pericó / Villaggio Bassetti

SC – região Central de Tangará, Videira e Pinheiro Preto

Villaggio Grando

PE/BA – região Vale do São Francisco (Petrolina, Juazeiro, Casa Nova, Vermelhos)

Vinícola Ouro Verde ( Miolo WG) e mais 20 produtores de uvas de mesa

Fonte: Ibravin


Espumantes brasileiros servidos no Fashion Rio

Os espumantes brasileiros estão presentes no Fashion Rio Outono/Inverno 2011, que foi aberto nesta terça-feira (11) e segue até sábado (15). O casting das vinícolas verde-amarelas que fazem a sua estreia na passarela do maior evento de moda do Rio de Janeiro, no Píer Mauá, está escalado com Casa Valduga, Domno, Geisse, Pizzato e Cooperativa Vinícola Garibaldi, reunidas pelo Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho). Os produtos estão sendo oferecidos no lounge da Abest (Associação Brasileira de Estilistas) e da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções).

O local, de aproximadamente 130 m², recebe diariamente cerca de 250 pessoas, entre estilistas, jornalistas, formadores de opinião e convidados vip das associações organizadoras. Cada vinícola é responsável por abastecer o lounge com um de seus espumantes durante um dia, de forma exclusiva. Na terça (11), a Casa Valduga serviu o espumante brut 130. Na quarta (12), a Domno ofereceu o espumante brut Ponto Nero. Quinta (13) será a vez da Cave Geisse servir o seu brut de mesmo nome da vinícola. Na sexta (14), a Pizzato oferecerá o seu espumante brut e no sábado (15), a Garibaldi disponibilizará o seu moscatel.


“Vinho, espumante e moda tem tudo a ver, porque ambos têm glamour e são consumidos por pessoas de bom gosto”, destaca o gerente de Promoção e Marketing do Ibravin, Diego Bertolini. Esta é a segunda ação do Ibravin no universo da moda. No ano passado, o Ibravin colocou os espumantes de quatro vinícolas (Aurora, Irmãos Basso, Miolo e Salton) no São Paulo Fashion Week, que ocorreu de 8 a 14 de junho.

Fonte: Ibravin

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Vinícola Aurora recebe equipe do Internacional

A Cooperativa Vinícola Aurora entra no clima da pré-temporada do Internacional, em Bento Gonçalves. A convite do diretor geral, Alem Guerra, a equipe colorada participou de uma visita guiada pelo roteiro turístico da vinícola, acompanhada pelo enólogo Flávio Zílio, que apresentou os principais produtos da Aurora. Essa não é a primeira vez que a equipe realiza a pré-temporada na capital do vinho. Pela oitava vez, a delegação do Internacional vai ao município se preparar para a temporada 2011.

Fonte: Agência Fatto.

Nesse verão, a Vinícola Aurora transforma todo mundo em Conde

Chegou a sua vez de ser Conde. Essa é a proposta da Vinícola Aurora com o hotsite promocional do Conde de Foucauld, no qual é possível transformar-se em conde ou condessa em alguns segundos. A campanha do espumante Conde de Foucauld tem como mote "Todo mundo é Conde", por ser uma bebida descomplicada e ao mesmo tempo tornar cada momento especial.

Quem acessar o endereço www.vinicolaaurora.com.br/conde pode tirar uma foto na webcam ou baixar uma foto do seu arquivo, enfeitar-se com perucas, acessórios e trajes nobres e passar ter sua imagem num quadro que integra a Galeria do Conde. A brincadeira, desenvolvida pela agência digital Baia, tem interação com Twitter, Orkut e Facebook.

Fonte: Agência Fatto

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Visitantes ilustres conhecem vinhos da Campanha Gaúcha

A Campanha Gaúcha recebeu, esta semana, dois visitantes ilustres: a jornalista Titina Nuñez, diretora da Placer, a mais importante revista de gastronomia do Uruguai, e o chef francês Olivier Horion, que vive em Montevidéu há mais de 20 anos, onde tem um bistrô (Olivier Maison Gourmande) e uma loja de vinhos. Titina e Olivier conheceram quatro projetos vitivinícola – a Dunamis, em Dom Pedrito; a Campos de Cima, em Itaqui; e a Santa Colina e a Cordilheira de Santana, em Livramento. “Ficamos impressionados com o potencial e com a qualidade dos vinhos degustados”, comentaram. O destaque foi a Dunamis, que lançou seus primeiros dois vinhos no final de novembro do ano passado. “A Dunamis é um exemplo de cuidado e de profissionalismo nos vinhedos”, disse Titina, acrescentando que “a Dunamis está seguindo o caminho dos grandes empreendimentos de sucesso, pois está atenta aos mínimos detalhes e tem um planejamento de longo prazo”.

No almoço campeiro oferecido aos visitantes pelo diretor-proprietário da Dunamis, José Antônio Peterle, no vinhedo Três Cerros, Olivier tomou o vinho tinto Dunamis Cor (um corte de Merlot e Cabernet Franc). “É um vinho leve de aroma extremamente agradável”, elogiou. Já Titina preferiu ficou harmonizar o cardápio (feijão campeiro, carreteiro e churrasco) com o vinho branco Dunamis Ser (um corte de Sauvignon Blanc e Chardonnay): “O aroma é elegante e, apesar de leve, a chardonnay dá uma estrutura em boca que permite tomar em qualquer ocasião, seja como aperitivo ou acompanhando uma refeição”, observou.

Fonte: TExto Sul Assessoria.

Receita Federal já distribuiu 40,9 milhões de Selos de Controle para vinícolas e importadoras

A Casa da Moeda já emitiu e a Receita Federal entregou 40,9 milhões de unidades do Selo de Controle Fiscal para as vinícolas brasileiras e empresas engarrafadoras e importadoras de vinho, que estão obrigadas a selar os produtos desde o dia 1º de janeiro deste ano. “Todos os vinhos que saírem das vinícolas ou das importadoras precisam estar selados”, lembra o presidente da Uvibra (União Brasileira de Viticultura), Henrique Benedetti, membro do Conselho Deliberativo do Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho). Ele estima que o volume de selos distribuídos alcance cerca de 250 milhões de unidades, que é o número aproximado de garrafas de vinhos nacionais e importados a serem comercializados este ano no Brasil.

Os selos são entregues pela Casa da Moeda às 10 superintendências nacionais da Receita Federal, que, por sua vez, os repassam às delegacias regionais. Nas delegacias de Caxias do Sul e Bento Gonçalves, as duas autorizadas a distribuir selos na serra gaúcha, foram entregues 15,3 milhões de etiquetas. A previsão conforme pedido entregue pelas empresas nestas duas delegacias atinge 79 milhões de selos.

A implantação do Selo de Controle Fiscal foi determinada pelo secretário da Receita Federal, por meio da Instrução Normativa RFB nº 1.026, publicada dia 16 de abril do ano passado no Diário Oficial da União. Até então, o
vinho era a única bebida comercializada no País sem nenhum tipo de controle fiscal. Outras bebidas, como cervejas e refrigerantes, são submetidas a outro tipo de controle, com medidores de vazão instalados nas fábricas. Os selos a serem utilizados nos vinhos importados são da cor vermelha. Os selos dos vinhos brasileiros são verdes. O objetivo do selo é aumentar o controle no comércio de vinhos brasileiros e importados, beneficiando quem trabalha dentro das obrigações legais e de mercado.

Apesar dos produtos obrigatoriamente exibirem o selo a partir do primeiro dia do ano, os atacadistas e varejistas só serão penalizados por comercializarem vinho sem a etiqueta oficial depois de 1º de janeiro de 2012. “O consumidor já deve começar a procurar vinhos da safra 2011, que tenham o selo fiscal, pois ele é a única garantia de que o produto é legal”, observa Benedetti. “Vinhos de safras novas, a partir de 2011, sem o selo, devem ser desprezados pelo consumidor, visto que tanto as vinícolas como as importadoras não podem mais vender produtos sem as etiquetas oficiais”, alerta.

“Antes ninguém sabia como identificar os vinhos contrabandeados, que somam mais de 15 milhões de litros ao ano no Brasil. Agora, com o selo fiscal, os produtos corretos serão facilmente reconhecidos pelos consumidores, que se tornarão fiscais voluntários”, exemplifica Benedetti. “Qualquer individuo pode denunciar a fraude quando perceber um produto sem Selo. A Receita Federal e a Policia Federal tem estrutura em todo o Brasil e estarão prontas para agir”, acrescenta o presidente do Ibravin, Júlio Fante.

Preço

O presidente da Uvibra reitera que a sua implementação não justifica aumento de preço dos vinhos. “Até hoje, vivemos uma reserva de mercado que só beneficia os sonegadores. A partir da implementação do Selo Fiscal e em conjunto com a Substituição Tributária, vamos eliminar a possibilidade de sonegação”, projeta. “Assim, grandes e pequenos trabalharão em igualdade de condições.” Benedetti revela que um estudo feito pelo Grupo de Trabalho que tratou do Selo na Câmara Setorial descobriu que dos 5% dos produtores que são contra a sua adoção, apenas 1,34% produzem menos de 500 mil litros de vinho por ano. Os demais estão acima deste patamar. “O Selo Fiscal vai ajudar o pequeno e o grande, até porque, no mercado brasileiro, todas as vinícolas são pequenas diante do gigantismo de alguns importadores”.

O Selo Fiscal é impresso pela Casa da Moeda. Sua falsificação é considerada crime. O valor de confecção do selo é de R$ 23 (Vinte e três reais) para cada 1.000 selos. Ainda há um custo de corte dos selos, que varia de preço, mas fica entre R$ 2 e R$ 3 o milheiro. Estes valores podem ser creditados do pagamento devido pelas empresas de PIS e Cofins. O custo para as empresas, portanto, é somente da colocação do selo nas garrafas, calculado em R$ 0,01 (um centavo) a garrafa. “Não há justificativa plausível para o aumento de preço dos vinhos”, garante Benedetti.

De acordo com o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, o uso do Selo Fiscal inibirá práticas ilegais de comércio, que aumentaram nos últimos anos com o crescimento desse mercado no País. Uma dessas práticas é a adulteração do vinho com a diluição do produto. A entrada de vinho ilegal no Brasil, principalmente de países de fronteira como Argentina e Uruguai, também é uma prática que tem aumentado, prejudicando a concorrência com o vinho brasileiro, já que o produto estrangeiro entra sem pagar o Imposto de Importação.

Histórico
O presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Viticultura, Vinhos e Derivados Arnaldo Passarin, recorda que a implantação do Selo Fiscal é uma conquista do setor vitivinícola brasileiro.“Este é um movimento que começou há mais de cinco anos, na base, junto aos produtores e às empresas, chegando as entidades até alcançar a Câmara Setorial e o governo federal”, lembra. Conforme ele, o Selo Fiscal foi aprovado por 14 entidades representativas do setor vitivinícola, com o objetivo de combater a sonegação, a falsificação e a entrada de vinhos por descaminho (sem o pagamento dos impostos devidos). “O Selo de Controle Fiscal é um instrumento a favor dos vinhos brasileiros e importados e das empresas que trabalham corretamente, dentro das obrigações legais e fiscais”, salienta. “O uso do Selo Fiscal é um remédio estritamente necessário para o atual estágio de doença que vive o mercado nacional de vinhos. O Selo estabelece, por exemplo, um controle maior no destino dos vinhos e derivados vendidos a granel, o que, como um benefício extra, vai melhorar a qualidade dos vinhos à disposição no mercado”, diz Arnaldo Passarin.

Júlio Fante destaca que os benefícios evidentes do Selo Fiscal “Ele inibe a concorrência desleal, dificulta a prática de fraudes e, principalmente, cria condições de igualdade competitiva entre as empresas”, pontua. Por isso, apenas duas entidades, representantes dos importadores, votaram contra a adoção do Selo na reunião do dia 13 de fevereiro de 2009 na Câmara Setorial, um órgão consultivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O diretor-executivo da Agavi, Darci Dani, enfatiza que as associações e entidades que aprovam o Selo de Controle Fiscal têm uma história longa e conhecida em favor da vitivinicultura brasileira. São elas: IBRAVIN, UVIBRA, OCB, CNA, FIEMG, ACAVITS, EMBRAPA, ABE, AGAVI, MDA, ANEV, FECOVINHO, SINDIVINHO de Jundiaí e Comissão da Uva. “O Selo Fiscal, nas atuais condições de mercado, é um instrumento útil. Se por um lado ele representa uma atividade burocrática e que exige maior planejamento industrial e comercial, por outro lado vai possibilitar condições de concorrência mais equilibradas, principalmente frente ao descaminho, inimigo das empresas sérias que trabalham com vinhos brasileiros e importados”, afirma.

Fonte: Ibravin

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Vinícola Perini fornece suco de uva para crianças da Fundação Thiago Gonzaga

A Vinícola Perini é a fornecedora oficial do suco de uva 100% natural para as crianças atendidas pelo Projeto Vida, da Fundação Thiago Gonzaga. O projeto tem o objetivo de mobilizar a sociedade por meio de ações educativas, produzindo mudanças de comportamento, cultura e humanização do trânsito. Umas das iniciativas é o espetáculo teatral “Contador de Histórias”, que ensina aproximadamente 150 crianças por dia, de 2 a 7 anos, a se comportarem com mais segurança no trânsito, como por exemplo, andar de mãos dadas com um adulto quando estiver na rua, a andar no banco de trás do carro, entre outras dicas. “Essa colaboração tem um valor inestimável para nós, pois recebemos diversas crianças e seria inviável comprar os produtos, já que a instituição não tem fins lucrativos”, reconhece Diza Gonzaga. “Além de ser saudável e nutritivo, as crianças adoram tomar suco de uva”, diz ela.

Fonte: Texto Sul / Divulgação

Venda de suco de uva 100% natural já ultrapassa volume total de 2009

Ibravin divulga balanço de vendas de vinhos, espumantes e suco de uva até novembro


Já é possível apontar o grande destaque do setor vitivinícola no ano: o suco de uva natural (com 100% da fruta) pronto para beber. A bebida, de grande valor agregado para as empresas e riquíssima em benefícios para a saúde das pessoas [veja mais abaixo], terminou o mês de novembro com a venda de 29 milhões de litros este ano, batendo, com folga e um mês de antecedência, o volume total do ano passado, que chegou a 25,5 milhões de litros. O acréscimo de 3,5 milhões de litros já é 14% superior a toda a venda de suco de uva em 2009, segundo levantamento do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).

“O suco de uva continua nos surpreendendo com números sempre positivos, prova de que o consumidor está cada vez mais identificando as características saudáveis e refrescantes deste produto”, afirma o presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Júlio Fante. “O suco ajuda a viabilizar a produção de milhares de pequenas famílias de agricultores”, observa. A comercialização total de suco de uva (reunindo o natural, adoçado, concentrado e reprocessado) teve alta de 20% de janeiro a novembro.

Espumantes
A venda de espumantes continua em alta, com acréscimo de 13% sobre 2009, e também caminha para ser um dos destaque de 2010 para o setor vitivinícola. Nos primeiros 11 meses do ano, foram vendidos 10,8 milhões de litros, contra 9,6 milhões de litros em igual espaço de tempo em 2009. Os moscatéis puxaram a comercialização de borbulhas verde-amarelas, com 20,4% de incremento. Os espumantes brut e demi-sec somam 11%. “Vamos bater com folga o recorde de vendas de espumantes alcançado no ano passado, que fechou com 11,2 milhões de litros comercializados”, afirma Fante.

Vinhos
A venda de vinho tinto fino, produto de maior valor agregado na cadeia vitivinícola, aumentou 4% de janeiro a novembro deste ano, se comparado ao mesmo período do ano passado. Foram comercializados 12,7 milhões de litros nos 11 meses de 2010, ante 12,2 milhões de vinho tinto fino colocados de janeiro a novembro de 2009. Os vinhos rosados ainda cresceram 9% no período. Os brancos, porém, caíram 5,6%, conforme números apurados pelo Ibravin. O vinho de mesa igualmente sofreu perda de 4,4% na comercialização de janeiro a novembro deste ano, sempre em comparação com o mesmo tempo do ano passado.

Os números apurados pelo Ibravin referem-se ao Rio Grande do Sul – origem de aproximadamente 90% da produção brasileira de vinhos e derivados – conforme o Cadastro Vinícola, mantido em parceria com a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As informações não abrangem o restante do País em razão de outros estados brasileiros não implantarem o Cadastro Vinícola.

A peculiaridade do suco de uva brasileiro
Uma das virtudes de todo suco natural é ter características organolépticas marcantes da fruta que o gerou, aponta o enólogo Adolfo Lona. No caso dos sucos de uva, os provenientes de variedades de origem europeia, utilizadas para obter vinhos finos como Chardonnay, Riesling, Merlot e Cabernet Sauvignon, não apresentam as características da casta. “São neutros, sem graça”, diz ele. “Já os elaborados a partir de uvas da espécie Americanas e/ou híbridas como Concord, Seibel e Isabel – abundantes na Serra Gaúcha – são extremamente ricos em aromas e gosto de uva”, assegura Lona.

É por este motivo que o suco brasileiro é muito apreciado e raro, porque na grande maioria dos países produtores o cultivo das espécies americanas é proibido, como na França, por exemplo. Tradicional produtor e exportador de suco concentrado, o Rio Grande do Sul possui indústrias existentes desde a década de 70, estando entre as mais modernas do mundo. Adolfo Lona garante que o consumidor que provar o suco de uva brasileiro irá descobrir um produto natural, puro, integral e sem álcool. E mais: “que reúne todos os benefícios à saúde que os derivados das uvas tintas oferecem devido à presença do resveratrol”.

“O suco de uva pode ser incluído na dieta de crianças e pessoas idosas, casos em que bebidas alcoólicas não são indicadas”, ressalta a pesquisadora Caroline Dani, que ao lado de Livia Oliboni, João Henriques e Mirian Salvador realizaram estudos cujos resultados mostraram que os sucos de uva, tanto branca quanto tinta, são ricos em compostos bioativos capazes de diminuir o dano causado pelo estresse oxidativo, auxiliando na prevenção de muitas doenças relevantes, como câncer, doenças cardiovasculares e neurológicas. “A uva, que é a variedade de fruta mais cultivada no mundo, e o seu suco, induzem uma importante atividade antioxidante, antiplaquetária, antitumoral e antimutagênica”, argumentam.

Fonte: Ibravin

Ibravin projeta safra de uva 15% maior

Projeção mostra uma colheita superior a 600 milhões de quilos de uva no Rio Grande do Sul, estando responsável por cerca de 90% da produção brasileira de uvas.

A safra de uva 2010/2011 no Rio Grande do Sul deve ser uma das melhores da década. A quantidade colhida deve crescer pelo menos 15%, mais de 80 milhões de quilos em relação à safra passada, segundo estimativa do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). “Devemos colher mais de 600 milhões de quilos de uva”, projeta o presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Júlio Fante. Na safra anterior, 2009/2010, foram colhidos 534 milhões de quilos de uva nos parreirais gaúchos, responsáveis por cerca de 90% da produção brasileira de uva e derivados. “Estamos tendo um bom equilíbrio entre chuva e sol”, afirma.

Em termos qualitativos, Fante projeta uma safra igual ou superior a de 2005, considerada a melhor da década. “Além do clima que está sendo favorável, agora as empresas estão melhor capacitadas, investiram em novas tecnologias e possuem mais conhecimento para elaborarem produtos de qualidade superior”, argumenta. Em 2005, como agora, o Rio Grande do Sul foi afetado pelo fenômeno La Niña, que resulta em clima mais seco, com menos incidência de chuvas. “É o mínimo que a videira precisa para produzir uvas de qualidade”, observa.

O diretor-executivo do Ibravin, Carlos Raimundo Paviani, também aposta em uma safra maior devido a novas regiões de cultivo implantadas nos últimos anos e que só agora entram definitivamente em produção. “Estamos expandindo a área produtiva de uva na serra gaúcha e em outras regiões, como a campanha, a serra do sudeste e inclusive o norte do Estado”, informa.

Este ano, o preço mínimo do quilo da uva teve valorização de 13%, aumentando de R$ 0,46 para R$ 0,52. “O mercado de espumante e suco de uva está em franco crescimento e as indústrias precisam de matéria-prima farta e de qualidade”, comenta Paviani. “A perspectiva é muito boa”.

Produção de uvas nos últimos oito anos, em milhões de quilos:

Safra Viníferas Comuns Total

2003/2004 43,3 340 383,3

2004/2005 62,6 516,4 578,9

2005/2006 70,7 422,6 493,3

2006/2007 56,6 367 423,6

2007/2008 72,2 498,4 570,6

2008/2009 83,8 550,5 634,3

2009/2010 72,1 462 534,1

2010/2011* 86,1 528,1 614,2
*Estimativa do Ibravin

Fonte: Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin)