segunda-feira, 23 de março de 2009

Vinho e Radicais Livres

Os polifenóis são metabólitos encontrados naturalmente nas plantas, sendo que alguns deles apresentam benefícios à saúde humana. As proantocianidinas, ou complexos oligoméricos de proantocianidinas – OPC – são um exemplo de polifenol farmacologicamente ativo. As proantocianidinas são encontradas nas cascas de árvores, cascas e peles de frutas, sementes e folhas. Embora as proantocianidinas sejam abundantes na natureza, são encontradas em partes das plantas que normalmente são removidas durante seu preparo.

As uvas são relativamente mais ricas em polifenóis que as outras frutas, e suas sementes são uma importante fonte de proantocianidinas. Durante o processo de produção do vinho, principalmente o tinto, as proantocianidinas da uvas passam para a bebida. Desta maneira, o vinho possui, além dos compostos fenólicos provenientes diretamente das uvas, outros polifenóis originados durante a fermentação como resultado da evolução dos provenientes das uvas e aqueles extraídos da madeira, no caso de envelhecimento em barris de carvalho.

As proantocinidinas foram inicialmente estudadas por sua poderosa ação contra os radicais livres, estes frequentemente associados a doenças crônicas degenerativas como as cardio-vasculares, artrite e câncer. Além da ação antioxidante, as proantocianidinas do vinho possuem propriedades antiinflamatórias, anti-virais, anti-cáries, anti-carcinogênicas, anti-histamínicas, contra radiações ionizantes, de proteção cardio-vascular (possuem efeito vasodilatatório, inibem a agregação plaquetária e a fragilidade capilar), inibem a síndrome pré-menstrual e disfunções do sistema nervoso central.

Assim sendo, além de indescritíveis aromas e sabores, o vinho pode conter importantes quantidades de polifenóis que podem beneficiar o organismo do consumidor moderado. Saúde!

Cabernet Sauvignon Selezione GioBatta Safra 2005: 1390 mg/L de OPC.

(Literatura consultada a disposição mediante solicitação.)

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