segunda-feira, 8 de março de 2010

Vinhos argentinos contaminados com fungicida

Infelizmente eu já havia notificado que vinhos chilenos e argentinos estavam me intoxicando, até aí era apenas um grão de areia reclamando de dor de barriga... Apurados os fatos segue a nota internacional:

O fungicida natamicina foi encontrado nos vinhos Fuzion, Santa Julia, em seis outros vinhos argentinos e dois da África do Sul, na Alemanha. 120 mil garrafas de vinho argentino foram retiradas do mercado alemão. Todos os vinhos argentinos destinados à Europa estão bloqueados nas alfândegas.

Metade dos vinhos argentinos coletados para análise apresentou a presença do pesticida, que é utilizado para a limpeza das adegas na Argentina, o que permitiu a contaminação mesmo em vinhos orgânicos. Em outubro e novembro foi constatada a presença da substância ilícita, o que gerou o bloqueio. Fuzion e Santa Julia da Família Zuccardi são os mais conhecidos entre os vinhos argentinos contaminados. A lista mostra que a contaminação ocorre em diversas regiões atingindo os da Família Zuccardi de Mendoza, mas também da distante Patagônia.

A questão já vinha sendo acompanhada por Wines of Argentina que contratou o laboratório bordeles Excell para identificar os focos desta poluição. Segundo o especialista francês Pascal Chantonnet, do Excell, "a natamicina pode ter sua origem na utilização de produtos para desinfetar as adegas, garrafas ou mesmo rolhas, é por isto que o encontramos mesmo em vinhos orgânicos", confirma. Suzana Balbo, enóloga e presidente da Wines of Argentina, pediu aos produtores que cessem imediatamente de utilizar o detergente NAT 3000, que contém o fungicida, na limpeza de barris e mangueiras, disse ao Los Andes on line.

Segundo Guillermo García do Instituto Nacional da Vitivinicultura Argentina, os resíduos encontrados “não representam nenhum perigo para a saúde”. Natamicina ou paramicina é um antibiótico fungicida, utilizado para eliminar fungos e leveduras. A Organização Internacional do Vinho e da Vinha, OIV, não autoriza seu uso, mas a legislação da Argentina permite seu emprego na limpeza da adega e seu material. A piramicina é permitida na indústria alimentar, como em certos queijos e frios sob o nome de conservante E235.

A natamicina também é ministrada enquanto medicamento para o homem e vendida em farmácias. Em fortes doses pode provocar náuseas e diarréia.

Fonte: Wines From Brazil

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