sexta-feira, 5 de março de 2010

Salton elabora vinho canônico há sete décadas

A Salton completa neste ano, além de seu primeiro centenário, sete décadas de elaboração do vinho Canônico. O produto começou a ser preparado pela vinícola de Bento Gonçalves em 1940 e, atualmente, atende a igrejas de todo o país. A produção média anual ultrapassa as 300 mil garrafas, 80% desse volume são comercializados para as paróquias, de forma individual ou através das Mitras Diocesanas. Os 20% restantes são procurados por consumidores que apreciam o vinho para acompanhar sobremesas ou mesmo como aperitivo.

Um início singular marca essa história de 70 anos, como conta o diretor-técnico da Salton, enólogo Lucindo Copat. “Era uma época de muitos padres estrangeiros nas igrejas da região, e a Salton estava localizada no Centro de Bento Gonçalves, em frente à Igreja Matriz de Santo Antônio. Ao descobrir que não havia um vinho exclusivo destinado às missas, um padre espanhol, de nome Franco, atravessou a rua e foi conversar com Nini Salton (Antônio Salton, um dos fundadores da vinícola), para saber se a Salton poderia fazer o vinho.” O padre passou o modo de elaboração do vinho Canônico, que é preparado da mesma forma em todo o mundo, começando essa histórica tradição.

O corte de uvas Moscato (50% na composição), Saint Emilion (40%) e Isabel (10%), resulta em um vinho rosado licoroso doce, com graduação alcoólica de 16º GL, comercializado em garrafas de 750ml. Copat observa que a graduação alcoólica mais elevada e a grande concentração de açúcar cumprem a função de conservar o produto por mais tempo, considerando o seu consumo lento, a cada missa. A mais antiga marca comercial para a elaboração do vinho Canônico, que necessita de autorização da Cúria Metropolitana, pertence à Salton e data de 1957.

Para a vinícola, dar continuidade a uma tradição iniciada com seus fundadores representa uma ligação entre o passado e o presente da empresa, que chega aos 100 anos como referência de modernidade e alta qualidade de seus produtos.

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