segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Vinhos de Pinto Bandeira buscam a indicação de procedência


No dia 1º de outubro de 2008 foi encaminhada ao INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) a solicitação de reconhecimento da Indicação de Procedência dos vinhos finos e espumantes de Pinto Bandeira (Serra Gaúcha). Estavam presentes a equipe de Indicações Geográficas do INPI (Lucia Regina Fernandes, Elvira Andrade e Raul Bittencourt Pedreira), Daniel Geisse, presidente da Associação dos Produtores de Pinto Bandeira (Asprovinho), Jorge Tonietto, pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, Norberto Barcellos, advogado da Barcellos Marcas e Patentes e Ana Paula de Almeida Silva, da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).
A solicitação da Indicação de Procedência ocorreu mediante a entrega de um dossiê composto por cerca de quinze documentos que caracterizam a região (clima, solo) e métodos de produção, incluindo a lista de produtos característicos. O pedido integra uma ação do Projeto Desenvolvimento de Indicações Geográficas e Alerta Vitícola para o APL de vitivinicultura do Rio Grande do Sul, coordenado pela Embrapa Uva e Vinho, com a participação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade de Caxias do Sul (UCS), Embrapa Clima Temperado, Asprovinho e com o apoio da FINEP.
Segundo o pesquisador da Embrapa Uva e Vinho e líder do projeto, Jorge Tonietto, a região de Pinto Bandeira, ao ser reconhecida pelo INPI, será a segunda indicação geográfica de vinhos do Brasil. Poderão receber essa distinção os produtos elaborados na área delimitada de 81,38 km², situada nos municípios de Bento Gonçalves e Farroupilha. “Os produtos mais representativos e que expressam maior tipicidade da região, com altitude superior a 500 m, são os espumantes elaborados pelo método tradicional, com fermentação na garrafa”, opina Tonietto.
A previsão é que o processo demore um ano até o reconhecimento da nova Indicação de Procedência.

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