sexta-feira, 1 de abril de 2011

Vinícolas brasileiras prospectam US$ 900 mil na ProWein na Alemanha

Aurora, Boscato, Casa Valduga, Irmãos Basso, Lidio Carraro, Miolo, Pizzato e Vinibrasil, além da trading Suriana, que representou três vinícolas butique (Cordilheira de Santana, Piagentini e Santo Emilio), formaram o estande do projeto Wines of Brasil em Düsseldorf.

As 11 vinícolas integrantes do projeto Wines of Brasil, realizado em parceria entre o Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) e a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), prospectaram US$ 900 mil em negócios para os próximos 12 meses na 18ª edição da ProWein, uma das mais importantes feiras de vinhos da Europa, que começou no último domingo (27) e terminou nesta terça-feira (29), em Düsseldorf, na Alemanha. Duas empresas – Miolo e Casa Valduga – fecharam negócios na própria feira, mas não revelaram valores.

Segundo a gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil, Andreia Gentilini Milan, foram feitos 249 contatos com compradores de toda a Europa, o que dá uma média de 22 contatos por empresa participante da feira. “Este ano a feira teve menos movimento, porém, os contatos foram mais qualificados, mais profissionais”, conta Andreia. As vinícolas participantes da feira e das atividades na Alemanha foram Aurora, Boscato, Casa Valduga, Irmãos Basso, Lidio Carraro, Miolo, Pizzato e Vinibrasil, além da trading Suriana, que representou três vinícolas butique (Cordilheira de Santana, Piagentini e Santo Emilio).


A grande novidade da participação do Wines of Brasil na Alemanha este ano foi a presença, pela primeira vez, no ProWein Goes City, um programa organizado com o objetivo de proporcionar aos enófilos a oportunidade de degustar os produtos que estavam sendo apresentados na feira, aberta somente para profissionais especializados. O evento de degustação dos vinhos brasileiros foi realizado no hotel cinco estrelas Van der Valk, reunindo 150 pessoas, entre jornalistas, importadores, sommeliers e público em geral.

A TAM Airlines, por meio do diretor José Soares, ofereceu duas passagens de ida e volta ao Brasil, que foram sorteadas entre os presentes no evento. Dos 35 restaurantes que integraram o programa ProWein Goes City, o que acolheu os vinhos do Brasil foi o mais visitado e com maior numero de jornalistas presentes. “Esta parceria com a TAM ajudou muito a atrair público ao nosso evento”, reconhece Andreia. “No próximo ano, queremos realizar este mesmo evento em outros restaurantes da cidade”, revela.

Andreia acertou na ProWein a vinda de seis jornalistas alemães em novembro, quando eles visitarão cantinas da Serra Gaúcha e o Festival de Turismo de Gramado. O Wines of Brasil ainda planeja realizar duas degustações de vinhos brasileiros na Alemanha em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE). As cidades de Frankfurt e Hamburgo devem receber os eventos no segundo semestre. “A ideia é buscar uma maior aproximação com o trade em busca da consolidação da marca dos vinhos brasileiros neste mercado tão importante”, explica Andreia.

O jornalista alemão Jürgen Mathäss, que esteve no Brasil no ano passado, conduziu, pela segunda vez consecutiva, uma degustação de vinhos brasileiros das empresas presentes na feira para sommeliers e jornalistas da Alemanha. Ele ainda levou os representantes das vinícolas para uma missão técnica pelos pontos de venda referenciais de vinho em Düsseldorf, com patrocínio do MRE. “Esta incursão pelo que o consumidor alemão tem a sua disposição nos ajuda a compreender melhor o estilo de vinhos que o Brasil deve oferecer neste mercado”, comenta Andreia. Outra ação inédita este ano na ProWein foi a presença dos vinhos brasileiros no Press Center, onde os jornalistas de todo o mundo fazem as suas refeições e trabalham.

Balanço

A persistência tem mostrado resultados práticos. Em 2006, as empresas integrantes do Wines of Brasil venderam US$ 160 mil à Alemanha. No ano seguinte, o valor passou para US$ 237 mil. Em 2008, ocorreu um salto para US$ 355 mil e em 2009 a Alemanha comprou US$ 368 mil em vinhos e espumantes brasileiros. Em 2010, houve um recuo, para US$ 226 mil, mas o preço médio por litro passou de US$ 2,58 (em 2009) para US$ 3,44 (no ano passado).

Depoimentos

Fabiano Maciel, da Miolo, aprovou a presença do projeto no Prowein Goes City. “Potencializa nossa ação na feira e ajuda na imagem com formadores de opinião e compradores”, diz ele.

Elisa Walker, da Casa Valduga, comenta que o público este ano estava mais focado em negócios. “Em outros anos havia muitos curiosos para conhecer os vinhos do Brasil. Agora, não. Eles já conhecem e vem tratar de negócios”, destaca.

Rosana Pasini, da Aurora, presente pela terceira vez na feira, nota uma grande evolução na qualidade dos importadores. “Hoje os grandes players do mercado europeu estão vindo degustar os vinhos pela segunda, terceira vez. Eles estão acompanhando a evolução dos vinhos brasileiros no mercado europeu e o bom momento do nosso País está ajudando a atrair clientes”, avalia.

Ana Paula Chies, da Boscato, exportadora para a Alemanha há alguns anos, a presença na ProWein é fundamental para dar credibilidade à marca, que ganha a oportunidade de mostrar novas safra e novos produtos. “Conversamos com vários restaurantes e wine shops interessados em ter nossos produtos à venda”, afirma.

Flávio Pizzato, da Pizzato, teve 70 contatos comerciais durante a feira. Ele acredita que três negócios serão fechados nos próximos três meses.

Patrícia Carraro, da Lidio Carraro, afirma que “esta é a principal feira da Europa e a participação do Brasil é imprescindível”.

Maria Angélica Rech, da Irmãos Basso, concorda, salientando a abrangência dos contatos feitos, vindos de toda a Europa.

Ricardo Henriques, da ViniBrasil, ressalta a organização do evento e do estande brasileiro. “Tivemos toda a assistência necessária para trabalhar”.

Francine Kaga, da trading Suriana, que representou as vinícolas Cordilheira de Santana, Piagentini e Santo Emílio, a feira contribui muito para a promoção dos vinhos brasileiros. “É um ambiente muito profissional, voltado para realização de negócios”, conta.

Fonte: Ibravin

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