Ângelo Salton Neto:
uma história de sonhos e sucesso
Vinícola lamenta morte prematura do presidente Ângelo Salton Neto
Às vésperas de completar 100 anos de história, em 2010, a Salton sofre uma dura perda com a morte de seu principal líder, Ângelo Salton Neto, ocorrida na madrugada desta terça-feira, 10 de fevereiro, aos 56 anos, vítima de um infarto, em São Paulo. O presidente da Salton, responsável por mudar os rumos da vinícola ao apostar no segmento de vinhos e espumantes finos, Ângelo Salton deixa a mulher, Fátima e quatro filhos.
“Essa perda precoce causa uma grande dor em toda a família Salton. O momento é de lamentar esse duro golpe que se reflete também em todo o segmento do vinho brasileiro, pois o Ângelo foi um defensor constante e apaixonado do produto nacional. Líder nato, carismático e bem-humorado, deixa uma lacuna enorme em nossas vidas. As definições na empresa virão no momento oportuno. Agora, a hora é de choro, lamento e homenagens”, afirma o diretor comercial da empresa, Daniel Salton.
Filho de pais gaúchos, o paulistano Ângelo Salton Neto assumiu a Presidência da Vinhos Salton antes de completar 30 anos, a convite de membros da família que eram sócios majoritários da empresa, fundada em 1910, na cidade de Bento Gonçalves.
Filho da terceira geração da família, que chegou ao Brasil vindo da Itália, em 1878, trazendo muitos sonhos e algumas mudas de uvas da região de Cison di Valmarino, para começar seus negócios ligados ao vinho em solo brasileiro, Ângelo Salton tinha como principais características o empreendedorismo, a simpatia e o bom humor.
Diplomado em Engenharia pela Universidade Mackenzie, com uma sólida formação e excelente em números, durante a vida universitária ministrou aulas de Matemática no Bairro de Santana (SP), onde nasceu e morou a vida toda. A atividade o ajudou a pagar os estudos universitários.
Durante esse tempo, os negócios da família prosperaram no Rio Grande do Sul, tanto que, em 1948, a empresa decidiu abrir um depósito dos Vinhos Salton em São Paulo, para a distribuição a todo o território brasileiro. Passados três anos, o depósito foi transformado também na fábrica do Conhaque Presidente, produto que alguns anos depois começou a subir rapidamente no gosto do brasileiro, alcançando os primeiros postos em vendas em pouquíssimo tempo.
Em 1977, quando o Conhaque Presidente já era um sucesso em todo o país, Ângelo Salton foi chamado por seu tio, Mário Salton, para ocupar um cargo de vendedor na empresa, no que ele se revelou um sucesso. Nessa época, já tinha um bom emprego na área de Engenharia, na Fábrica de Aços Paulista, mas seu sonho era trabalhar na Salton. Por isso, aceitei o convite sem pensar duas vezes. Viajou por todo o Nordeste vendendo o Conhaque Presidente e determinado a vestir a camisa da Salton e também ser bom em cálculos, acabou sendo convidado a assumir a Presidência da empresa ainda muito jovem.
A escolha mostrou-se absolutamente certa, afinal, alguns anos depois o jovem Ângelo Salton modificou profundamente a imagem da vinícola – até então considerada uma empresa de produtos populares – investindo pesado num novo segmento: o dos vinhos e espumantes finos, lançados sob as marcas Salton Classic e Salton Volpi, um sucesso instantâneo de vendas e também junto aos mais respeitados críticos especializados. Os resultados o estimularam a colocar os vinhos e espumantes Salton em diversos concursos, no Brasil e na Europa, com a conquista constante de medalhas de ouro, prata ou bronze.
Em 2004, revelou estar realizando um de seus maiores sonhos, a inauguração da nova sede da Salton, a maior e mais moderna Vinícola das Américas, no distrito de Tuiuty, em Bento Gonçalves, numa área de 75 hectares. Dentro desse sonho, o presidente trazia outro: elaborar o melhor vinho tinto brasileiro, um produto para entrar na história da vitivinicultura nacional. A dedicação e empenho de Ângelo Salton foram recompensados. Lançado na primavera de 2004, o vinho Salton Talento safra 2002 marcou a grande virada da Salton na produção de vinhos finos, sendo reconhecido como o melhor tinto nacional. Neste ano, o vinho foi eleito novamente o Melhor Tinto Nacional na 66ª degustação especializada promovida pela revista Prazeres da mesa, dessa vez, a safra 2004.
Quase um século depois de sua fundação, a Salton é reconhecida como uma das principais vinícolas do país. Os comandantes da terceira e quarta gerações se espelham na trajetória de luta e sucesso da vinícola para continuar o sonho de Ângelo Salton: tornar a empresa a maior e melhor vinícola brasileira.
Nota de Falecimento
Ângelo Salton Neto morreu nesta terça-feira (10 de fevereiro), aos 56 anos, vítima de infarto agudo, em sua casa, em São Paulo. O corpo está sendo velado no Cemitério do Araçá, e o cortejo sairá às 16h para o Crematório da Vila Alpina, em São Paulo.
Fonte: Enter Agência de Divulgação da Salton
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