quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Estudo visa aumentar a demanda por vinho nacional??

As possíveis alternativas para o aumento do consumo de vinho no País, um dos grandes dilemas do setor na atualidade, foram apresentadas ontem pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).

A pesquisa encomendada pela entidade indicou três ações principais que se baseiam em uma maior divulgação:
  • das características da bebida,
  • a difusão dos seus benefícios à saúde e
  • a democratização do consumo.
Conforme o diretor-executivo do Ibravin, Carlos Paviani, a ideia é trabalhar no sentido de posicionar melhor o vinho frente aos consumidores. "É preciso conhecer melhor o produto, para valorizá-lo e entender que se trata de uma bebida com alto valor agregado", diz o presidente.

O estudo apontou ainda que aspectos como a inovação das embalagens e aumento na oferta do produto no varejo também são fatores que reforçariam o potencial dos vinhos brasileiros perante os consumidores.

Os resultados da pesquisa feita com 1.037 pessoas entre 18 e 69 anos em três capitais do País - Porto Alegre, São Paulo e Recife - pela empresa catarinense Market Analysis foram apresentados ontem.

Conforme o diretor do Departamento de Produção Vegetal (DPV) da Secretaria da Agricultura, Luiz Augusto Petry, o setor produtivo tem dado a resposta necessária, com uma evolução paulatina em termos de qualidade. "Agora, é preciso conquistar mercado para esta disponibilidade maior de produtos", afirma.

Focada nas preferências dos brasileiros destas três regiões diferentes e no comportamento de consumo dos canais de distribuição de bebidas, o estudo será a base de todas as ações promocionais previstas pelo Ibravin este ano, com o objetivo de aumentar o consumo das bebidas derivadas de uva no Brasil.

Uma das maiores surpresas do levantamento foi o grau de desconhecimento dos canais de venda de vinhos e espumantes.

"Imaginávamos que a falta de informações era só dos consumidores, mas não, a pesquisa demonstrou que temos de agir também junto ao varejo, pontos- de-venda e distribuidores", disse Paviani.

O estudo aponta duas armas fundamentais para alavancar as vendas dos vinhos finos nacionais.

A primeira é a realização de campanhas de propaganda junto aos consumidores para trabalhar a imagem do vinho brasileiro, ainda vítima de um preconceito que não condiz com a sua crescente qualidade e reconhecimento internacional, comprovado por mais de 1.700 premiações no mundo inteiro.

A segunda é desmistificar e desglamourizar o consumo de vinho, afastando a ideia de que é uma bebida para momentos especiais, o que restringe o consumo.

Na sua condição de mercado com tradição de consumo, Porto Alegre se destaca como a cidade que é menos influenciável por qualquer fator nas vendas. São Paulo atribui uma influência maior se trabalhados os incentivos à comercialização. Já Recife se diferencia em reconhecer que ações de informação e divulgação, além de estratégias de inovação, podem incrementar as vendas.

Conforme a pesquisa, Porto Alegre é a região mais receptiva a novos esforços de divulgação
e promoção do vinho brasileiro. A Capital gaúcha possui o índice de consumo per capita mais alto do Brasil - com 3,8 litros por pessoa ao ano.

Opinião pessoal dessa blogueira:

Uma coisa é certa e não está em nenhum estudo... Algumas grandes vinícolas tem que deixar de exibir seus tamanhos e investir mais em divulgação e eventos - deixar de lado o marketismo e investir nos representantes e colaboradores que apresentam o vinho para o mundo e parar de concorrer com os próprios colaboradores e revendedores. Se estes representam uma marca ou varias marcas que seja... invista neles o boca a boca e preços condizentes com a qualidade apresentada é o melhor dos marketings. Hellowww!!!

Os pequenos tem que fazer a lição de casa... ou seja aprender a fazer vinho bom e não achar que o que faz com trabalho e carinho já é bom por si próprio. Hellow!

O melhor dos marketings é trabalho em parceria.... empurra empurra produto não resolve, venda casada muito menos... Preço razoavel e boa qualidade ajudam e muito....

Se comparar um vinho importado vendido por R$ 25,00 encontrará nacional por menor preço e de boa qualidade, vale ter em mente que procurar um vinho pelo preço ou por assinatura de algum renomado é a maior prova de infantilidade do consumidor...

Recado aos produtores:

Representantes e colaboradores são os maiores DIVULGADORES.

BASTA FAZER VINHO BOM E COM PREÇO CONDIZENTE ... É AÍ O CAMINHO...

O resto é choro de crocodilo.... já dizia minha mãe faz o tema de casa e depois conversa de igual pra igual com o professor... kkkkk

Um comentário:

Cristiane disse...

Vânia, concordo com você em número, gênero e grau! "Preço razoavel e boa qualidade ajudam e muito". E, sim, na opção por um importado e um nacional com preços equivalentes, muitas vezes optamos por um importado (Chileno ou Argentino) pois a qualidade é mais garantida que a brasileira. Escrevi justamente sobre isto no meu blog esta semana.

Assim, como você, sou apaixonada por vinhos! Mas bem diferente de você, conheço pouco, muito pouco.

Gostei do seu blog, voltarei.